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Simbolismos religiosos: Judeus usam galinhas para expiar pecados antes de Yom Kippur

Na tradição religiosa judaica o "Yom Kippur" é o dia da expiação dos pecados, o dia em que D'us perdoa a todos os pecadores que cumprirem direitinho os preceitos do Yom Kippur (jejuar durante um dia; não usar calçados de couro; não praticar sexo; não se banhar; não usar qualquer tipo de cosméticos no corpo, tais como perfumes, cremes desodorantes, etc) e, é claro, reconhecer os pecados que cometeu, pedindo perdão a Deus. Se fizer tudo isso direitinho. ele fica limpo e zeradinho para o próximo ano (o Ano Novo judaico) e aí começa um novo ciclo: a pessoa vai pecar e acumular pecados (ou não) durante um ano, até o próximo Yom Kippur, onde cumpre o ritual e fica limpinho de novo. Que maravilha, não?



Só que agora eles inovaram e passaram a usar o simbolismo do sacrifício da galinha para expiar os pecados, ou seja, eles transferem os seus pecados para a ave , que tem de ser branca (galinha para as mulheres e galo para os homens) que, depois, giram sobre a cabeça e, em seguida, sacrificam. O gozado é o destino que é dado aos animais, depois de sacrificados. Leiam a curiosa matéria abaixo, extraída do site Terra:
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"Esta é minha mudança, este é meu substituto, esta é minha expiação", murmuram os fiéis judeus enquanto dão três voltas por cima de suas cabeças com um animal que, minutos depois, é morto como forma de expiar os pecados.

No ritual das Kaparot, uma expiação simbólica dos pecados, milhares de galos e galinhas são degolados em Israel para lembrar os judeus que, a qualquer momento, Deus pode tirar a vida como forma de compensação por seus pecados.

As mulheres usam galinhas; os homens, galos; e as grávidas, um exemplar de cada um. As Kaparot são vividas nos dias anteriores ao Yom Kippur, a data mais solene do judaísmo, destinada ao arrependimento e ao pedido de perdão.

"Neste momento do ano, que é nosso Ano Novo Judaico (Rosh Hashana), uma das coisas que fazemos é começar uma vida nova e refletir sobre o que fizemos no passado", explica o judeu de origem americana Menachen Persoff antes de fazer suas Kaparot.

"Pegamos uma galinha e dizemos: ''Em vez de que eu seja castigado e destruído neste mundo, deixe que seja esta galinha''. E então temos que pensar que, quando essa galinha morre, poderíamos ter morrido em seu lugar", acrescenta.

Para Persoff, as Kaparot são uma oportunidade para "ser uma pessoa melhor, pensar nas coisas que fizemos de errado e fazer as coisas de um jeito melhor no futuro".

Depois que a ave escolhida - que deve ser branca, para simbolizar a purificação do pecado - é girada sobre a cabeça, o animal é degolado com um rápido e certeiro movimento com uma faca afiada cuja lâmina não pode ter a menor fenda, seguindo os preceitos judeus do "kashrut".

Os penitentes costumam doar as aves mortas para a caridade se têm uma boa situação econômica. Caso contrário, as levam para comer em casa.

Alguns criticam os que comem ou doam as aves aos pobres ao entender que os pecados de quem toma parte no ritual foram transferidos ao animal e, portanto, este não deve ser comido.

Após o ritual, as vísceras das aves devem ser colocadas em algum lugar onde possam servir de alimento a outros pássaros, a fim de demonstrar piedade em relação a todas as coisas vivas.

"Nas Kaparot, rezamos para ser perdoados. Nos mostramos envergonhados diante de Deus e lembramos que ele pode nos tirar a vida, mas nos dá a oportunidade de pedir perdão", aponta a judia ultraortodoxa Devorah Leah.

Para ela, esta tradição ajuda a "pensar com mais profundidade" sobre si mesmo e seus atos. Na antiguidade, as Kaparot eram feitas com cabras, o que deu origem à expressão "bode expiatório".

Hoje em dia, mamíferos não são usados, mas se não é possível ou não se quer usar galinhas ou galos, estes podem ser substituídos por qualquer outra ave, exceto pombos - para não lembrar os ritos de sacrifício no templo -, ou mesmo por um peixe.

Também são muitas as famílias que fazem as Kaparot com dinheiro que depois é doado aos pobres. O fato de os rabinos permitirem que o rito seja celebrado sem necessidade de matar animais é o principal argumento das organizações defensoras dos animais contra esta prática, que consideram como cruel e abusiva.

"Muitos religiosos argumentam que não há motivo para fazê-lo com dinheiro quando se pode matar uma galinha, porque estas não sofrem.

Mas isso não está certo. Todo mundo sabe que os animais têm sentimentos e querem viver, igual a nós", diz Gene Peretz, uma jovem estudante vegetariana que se manifesta em Jerusalém contra o uso de animais vivos nas Kaparot.

Frente a esta postura, os seguidores da tradição, como Leah, argumentam que "os animais estão na terra para ser utilizados pelos seres humanos, sempre que seja de modo correto", e que comer "os animais que Deus nos deu é uma forma de fazer com que o mundo seja mais espiritual".
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Fonte: Terra/ Notícias

3 comentários:

Robson Fernando de Souza disse...

O engraçado é que o deus judaico parece Sauron do Senhor dos Anéis, não permite que falem seu nome verdadeiro (a pronúncia do tetragrama YHWH - Yahweh ou Yehowah). E também executa sumariamente quem não matar um animal por causa dos pecados da pessoa.

Pastor Julio disse...

O velho testamento está cheio de expiações de pecados.
Nesta época havia uma simbologia, quando um animal morria ele levava os pecados de quem estava fazendo a oferta de expiação. A idéia é a seguinte "Eu não posso morre por causa do meu pecado mais este animal morrerá em meu lugar" Os habitantes daquela região eram em sua grande maioria, pequenos produtores e cada animal era valoroso para eles, por isso havia o sacrifício financeiro também.
Quando Jesus veio ao mundo João Batista olhou para ele e disse: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ou seja Jesus foi o sacrifício que Deus dá ao povo como forma de aliança. Como os Judeus não acreditam que Jesus é o Messias, dai eles até hoje seguirem o velho mandamento, Pois para os cristãos a lei da expiação de pecados acabou quando Deus sacrificou o seu filho.

Unknown disse...

Nada disso. O buraco é mais embaixo. Quem faz aqui, cedo ou tarde, um dia há de pagar. Não tem como escapar dessa. O arrependimento, é bom, é salutar, pode fazer o pecador refletir, e até abandonar a vida de erros; mas, não o livra de pagar pelos erros cometidos.

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