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Pizzaiollos trabalham bem e entregam a pizza do "acordão": denúncias e representações contra Sarney são todas arquivadas

Acordões, impunidades, comemorações com pizza e desprezo à opinião pública são atitudes comuns no Senado e na Câmara

Eu já sabia, a nação já esperava o desfecho! Como não saber, se este filme já foi repetido tantas vezes? O povo brasileiro parece até já estar se acostumando e nem se surpreende mais. E é justamente aí que está o perigo maior: acostumar-se a tais situações, que de tão rotineiras, começam a parecer normais ou nem tão graves assim, incentivando a aceitação pacífica dessa prática condenável, vergonhosa e danosa aos interesses nacionais. O cidadão brasileiro comum, confuso, já nem sabe mais o que é certo ou errado, normal ou anormal, constitucional ou anticonstitucional.

No Senado, como também na Câmara (ah, quando os holofotes se virarem para lá!...), o corporativismo político impera e só raramente é quebrado. Uma das poucas causas que vez por outra desarticula o corpoativismo são as disputas internas de poder. Ah, mas quando uma cabeça graduada está para rolar e se for uma dessas que sabe os podres das outras (e nas casas legislativas quase todos têm telhado de vidro), entra em cena o famoso "acordão" corporativista (nem eu te denuncio, nem tu me denuncias e todos nos protegemos uns aos outros). Aí, faz-se um julgamento simulado, dá-se uma "aparência de legalidade" às coisas, diz-se estar agindo em conformidade com a lei e os regimentos internos do órgão e da casa legislativa e... bingooo! Arquivam-se os processos, na forma da lei. Desta vez, até a transmissão da sessão do Conselho de Ética, na TV Senado, o Governo tentou impedir, sob a alegação de coincidências de horários com a transmissão da sessão plenária da CCJ e de não poder transgredir o "regimento interno". Ora bolas! Quantas vezes já se fez isso antes, em razão das prioridades dos assuntos? E alguém tem dúvida de que num "acordão", CCJ e Conselho de Ética viram farinha do mesmo saco? Aqui, prevaleceram o casuísmo e o fisiologismo, como sempre.

Tal qual no no passado e em outras situações de crise , as intimidações recíprocas levaram ao "acordão". A chamada "tropa de chque do Governo", comandada por Renan Calheiros, ameaçou pôr para fora os podres dos adversários e deu uma pequenina, muito pequenina "amostra grátis", com os senadores Arthur Virgílio e Tasso Gereisatti, os principais oposicionistas e articuladores das denúncias contra Sarney, sem contar com as denúncias do PSOL que, infelizmente, tem muita pouca representatividade (apenas o Senador José Nery - PSOL/PA), fazendo parte de uma minoria que só consegue impor medidas se contar com a adesão de outros partidos.

Como resultado de toda essa sujeira e parafernálias de composições, foi feito o "acordão" que decidiu pelo arquivamento das 11 representações e denúncias contra José Sarney, absolveu por "unanimidade" Arthur Virgílio e calou-se sobre Tasso Geirassati e os demais, ficando a oposição comprometida a concordar, caladinha e não recorrer. Essas coisas, é bom que se diga, são acordadas e decididas do lado de fora, antes da realização das sessões, porque estas, quando começam, já sabem o que vão decidir e fazem apenas um teatrinho para a opinião pública. E depois eles ainda se ofendem quando Lula diz que "no Senado existem bons pizzaiollos".

Nossa última esperança? Apenas o combativo PSOL que promete tentar angariar aliados e assinaturas para recorrer da decisão que os governantes dizem ser "irrecorríveis". Será que vai conseguir? Particularmente, não digo que seja impossível, mas vai ser muito difícil, quase impossível, porque os senadores do mal estão unidos, fechadinhos em bloco e os poucos dissidentes estão deixando os respectivos partidos (3 baixas já anunciadas no PT e mais uma no PMDB, por enquanto).

Até quando vamos ter de aturar no comando do poder, senadores fichas-sujas, corruptos e inimigos do povo como José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor, Paulo Duque, Eduardo Azeredo, Wellington Salgado, Epitácio Cafeteira, Delcídio Amaral, Ideli Salvatti, Kátia Abreu (casuística, pela bancada ruralista, muda para o lado que favorecer o agronegócio), ...? Esses representam mais de 2/3 do Senado e são os que decidem, para a nossa infelicidade. Senadores do bem como Pedro Simon, Cristovam Buarque, José Nery, Eduardo Suplicy (ultimamente meio em cima do muro), Renato Casa Grande e mais uns poucos não citados, tentam, mas pouco conseguem fazer para mudar o estado de coisas que até já está sendo chamado de "Máfia do Senado" (não fui eu quem cunhou o termo).

Parece não haver mais jeito: ou se extingue de vez o Senado, passando o legislativo a ser unicameral, ou se pede a renúncia coletiva de todos os senadores, fazendo-se nova eleição depois de uma reestruturação da casa. Se não der, pelo menos que se reduza o número de senadores para apenas um por unidade federada.

Assim, mesmo que também não dê certo, os estragos e os prejuízos à nação serão menores.

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