Conforme noticiado pelo Jornal Folha de São Paulo e vários outros órgãos de imprensa falada, escrita e eletrônica, no dia 25/06/2008, cerca de mil evangélicos, movidos talvez pelo seu conhecido fanatismo religioso, induzido pelos seus respectivos líderes, fizeram uma manifestação diante do Congresso Nacional, para protestar contra a futura aprovação do projeto de lei conhecido como PLC 122/2006, que criminaliza o preconceito e a discriminação contra homossexuais.
Houve tentativa de invasão do prédio e princípio de tumulto generalizado no enfrentamento contra os seguranças da casa que tentavam impedir , a todo custo, mas sem violência, que o Senado fosse invadido, a exemplo do que fizeram os "Sem-Terras", em 2007. O temor dos evangélicos é de que, uma vez aprovada a lei, fique prejudicada a liberdade de expressão religiosa, que poderia penalizar o padre, ministro ou pastor que, em um sermão, por exemplo, falasse contra o homossexualismo.
Veja, abaixo, a íntegra da matéria e tire as suas conclusões:
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Folha, 26/06/2008
Evangélicos protestam contra lei anti-homofobia no Senado
Projeto aprovado na Câmara tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado
Para os evangélicos, proposta impede a liberdade de expressão; se aprovado, eles não poderão condenar em cultos o ato homossexual
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um grupo formado por cerca de mil evangélicos tentou invadir ontem o Senado para protestar contra o projeto de lei que criminaliza a homofobia (rejeição ou aversão a homossexual e à homossexualidade). Houve empurra-empurra e discussões com os seguranças na entrada principal da Casa.
O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e, no momento, tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. A senadora Fátima Cleide (PT-RO) foi nomeada relatora. Ela já se declarou a favor da proposta. Ontem, no momento em que os evangélicos tentaram entrar no Senado, ela discursava da tribuna da Casa.
"Nosso maior desafio é reconhecer que somos uma sociedade plural, diversa. E, como tal, devemos cumprir nosso dever constitucional de criar mecanismos para combater qualquer forma de discriminação", disse a senadora petista
De acordo com o texto do projeto, poderá haver pena de reclusão de dois a cinco anos para quem discriminar homossexuais. Para os evangélicos, o projeto impede a liberdade de expressão. Se aprovado, eles não poderão condenar em cultos o ato homossexual. Haverá punições também para quem demitir funcionários por causa da sua opção sexual.
"Se um funcionário for dispensado de uma empresa, pode alegar homofobia e o dono da empresa vai ser preso por crime hediondo. Queremos um projeto para proteger todas as minorias", disse o deputado Bispo Rodovalho (DEM-DF), da Igreja Sara Nossa Terra.
Deputados e senadores da frente parlamentar de defesa da família -integrada também por deputados católicos- ajudaram parte do grupo de manifestantes a entrar na presidência do Senado, onde foram recebidos por Magno Malta (PR-ES), que é evangélico.
"Trata-se aqui de a pessoa ter liberdade de ser o que gostaria de ser. Se ela quer ser homossexual, que seja. Se quer se juntar com alguém, que se junte. Mas eu não preciso aceitar isso. Eu tenho minha opinião e não gostaria de ver meu filho recebendo educação que considero inadequada dentro de uma escola", disse Fadi Faraj, do Ministério da Fé, após a reunião.
Pastores de diferentes igrejas evangélicas também visitaram gabinetes de senadores. Membro da Assembléia de Deus, o pastor Silas Malafaia visitou o gabinete de Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele fez questão de gravar a entrega do manifesto contra o projeto ao congressista paranaense. [i]
http://www1.folha.uol.com.br
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