Como era de se esperar, a IURD reagiu, utilizando a sua emissora TV Record para defender Edir Macedo e lançar dúvidas sobre as acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro que pesam sobre ele e mais 9 dirigentes e colaboradores da Igreja Universal do Reino de Deus. A defesa foi feita no programa "Record News", de 12/08/2009, que tentou colocar a TV Globo como principal responsável por maximizar a notícia sobre o processo aberto contra Edir Macedo e mais 9 dirigentes e colaboradores da Igreja Universal do Reino de Deus. O que eles insistem em não ver, é que a notícia não é fabricada e nem se originou na TV Globo, porque a denúncia realmente existe, já foi acatada pela justiça e os fatos a ela relacionados amplamente divulgados pela mídia impressa e cibernética.
Mas como o alcance maior foi o da TV Globo, utilizando as duas edições do seu jornal televisivo, a IURD tentou a seguinte estratégia para infirmar e desacreditar a emissora rival, utilizando o programa jornalístico da TV Record:
Agora, pergunta-se. E daí? Esses argumentos só seriam válidos se a notícia fosse mentirosa e, efetivamente, não é. Que a concorrência acirrada entre as duas emissoras existe, é fato sabido e não se pode negar. Que a Rede Globo não é muito confiável porque tendenciosa e oportunista, também é verdade. Mas a Record também não fica muito atrás. Ambas não são confiáveis e ambas distorcem as notícias de acordo com os seus interesses e ambas se vendem, como verdadeiras prostitutas.
Voltemos então aos fatos e à defesa apresentada pela IURD: Quanto às obras sociais... ora, é obrigação das instituições religiosas reverter o dinheiro que arrecada dos fiéis para obras sociais e praticar o assistencialismo para os mais necessitados. E é também compreensível que alguma parte seja utilizada para que essas instituições se reestruturarem e se expandam. Só que, no caso da Universal e de várias outras igrejas evangélicas - e isso é praxe, mormente entre as evangélicas neopentecostais -, o que se aplica nessas atividades é menos de 20% do que se arrecada, apenas para dar uma satisfação aos fiéis e à sociedade, o que é feito com grande divulgação. Para onde vão os outros 80% ?
Outro ponto que alegou em sua defesa: o de que a notícia seria "requentada", ou seja, seria a republicação, com nova roupagem, da mesma notícia publicada 15 anos antes, pela mesma TV Globo e cujo processo na Justiça já foi encerrado. Esquecem-se porém os dirigentes da IURD, que sempre que surge um fato novo relacionado a um mesmo assunto já transitado em julgado e que não havia sido considerado antes, o processo pode ser reaberto. Mas não foi o caso, porque a atual denúncia corre em separado e estribada em outros fatos e "qualquer semelhança é mera "(re)(co)incidência".
Não, que não se tente esconder o sol com a peneira, procurando iludir a Justiça e a opinião pública. A IURD não deve menosprezar a nossa inteligência e nos considerar a todos como evangélicos fanáticos robotizados, iguais àqueles em quem faz lavagens cerebrais. Que ela tente convencer aos seu fiéis da inocência do Edir Macedo e da seriedade dos seus propósitos, já não é muito correto mas é o esperado. O que não se pode esperar é que isto prospere na Justiça e perante a opinião pública não evangélica.
Mas não se preocupem os seguidores de Edir Macedo. Como das outras vezes, ele vai se safar desta. Afinal, é amigo do Presidente Lula, tem dinheiro, poder e muitos mihões de votos para negociar com os políticos. E os fiéis, mesmo sob o peso dessas acusações, é claro que não vão abandoná-lo, pois ele conseguirá convencê-los de que está sendo "perseguido" . Seus advogados irão recorrendo, recorrendo, até fazer a causa chegar no STF. E, em lá chegando, quem é que manda no Supremo? E quem é que manipula quem manda no Supremo?
Respondam a estas perguntas e já poderão antecipar o final do caso: ficarão somente o barulho e alguma dor-de-cabeça temporária, mas ninguém condenado. A Igreja Universal continuará sendo o que é, o Edir continuará livre e gerindo suas igrejas, e nos anais da IURD estará registrado mais uma perseguição religiosa ao seu líder maior. E será só, porque o senhor Edir Macedo "é amigo do rei" e aos amigos não se aplicam os rigores da lei. Isto é Brasil.
================================================Mas como o alcance maior foi o da TV Globo, utilizando as duas edições do seu jornal televisivo, a IURD tentou a seguinte estratégia para infirmar e desacreditar a emissora rival, utilizando o programa jornalístico da TV Record:
1) Disse que a motivação foi a concorrência, porque a TV Record estaria batendo a Globo em alguns horários tradicionalmente dominados por esta última;
2) Alegou que a não aplicação do dinheiro arrecadado dos fiéis em obras sociais seria uma mentira. E passou a divulgar vários flashes de obras sociais e assistenciais, patrocinadas pela Igreja Universal.
Agora, pergunta-se. E daí? Esses argumentos só seriam válidos se a notícia fosse mentirosa e, efetivamente, não é. Que a concorrência acirrada entre as duas emissoras existe, é fato sabido e não se pode negar. Que a Rede Globo não é muito confiável porque tendenciosa e oportunista, também é verdade. Mas a Record também não fica muito atrás. Ambas não são confiáveis e ambas distorcem as notícias de acordo com os seus interesses e ambas se vendem, como verdadeiras prostitutas.
Voltemos então aos fatos e à defesa apresentada pela IURD: Quanto às obras sociais... ora, é obrigação das instituições religiosas reverter o dinheiro que arrecada dos fiéis para obras sociais e praticar o assistencialismo para os mais necessitados. E é também compreensível que alguma parte seja utilizada para que essas instituições se reestruturarem e se expandam. Só que, no caso da Universal e de várias outras igrejas evangélicas - e isso é praxe, mormente entre as evangélicas neopentecostais -, o que se aplica nessas atividades é menos de 20% do que se arrecada, apenas para dar uma satisfação aos fiéis e à sociedade, o que é feito com grande divulgação. Para onde vão os outros 80% ?
Outro ponto que alegou em sua defesa: o de que a notícia seria "requentada", ou seja, seria a republicação, com nova roupagem, da mesma notícia publicada 15 anos antes, pela mesma TV Globo e cujo processo na Justiça já foi encerrado. Esquecem-se porém os dirigentes da IURD, que sempre que surge um fato novo relacionado a um mesmo assunto já transitado em julgado e que não havia sido considerado antes, o processo pode ser reaberto. Mas não foi o caso, porque a atual denúncia corre em separado e estribada em outros fatos e "qualquer semelhança é mera "(re)(co)incidência".
Não, que não se tente esconder o sol com a peneira, procurando iludir a Justiça e a opinião pública. A IURD não deve menosprezar a nossa inteligência e nos considerar a todos como evangélicos fanáticos robotizados, iguais àqueles em quem faz lavagens cerebrais. Que ela tente convencer aos seu fiéis da inocência do Edir Macedo e da seriedade dos seus propósitos, já não é muito correto mas é o esperado. O que não se pode esperar é que isto prospere na Justiça e perante a opinião pública não evangélica.
Mas não se preocupem os seguidores de Edir Macedo. Como das outras vezes, ele vai se safar desta. Afinal, é amigo do Presidente Lula, tem dinheiro, poder e muitos mihões de votos para negociar com os políticos. E os fiéis, mesmo sob o peso dessas acusações, é claro que não vão abandoná-lo, pois ele conseguirá convencê-los de que está sendo "perseguido" . Seus advogados irão recorrendo, recorrendo, até fazer a causa chegar no STF. E, em lá chegando, quem é que manda no Supremo? E quem é que manipula quem manda no Supremo?
Respondam a estas perguntas e já poderão antecipar o final do caso: ficarão somente o barulho e alguma dor-de-cabeça temporária, mas ninguém condenado. A Igreja Universal continuará sendo o que é, o Edir continuará livre e gerindo suas igrejas, e nos anais da IURD estará registrado mais uma perseguição religiosa ao seu líder maior. E será só, porque o senhor Edir Macedo "é amigo do rei" e aos amigos não se aplicam os rigores da lei. Isto é Brasil.
Vejam, abaixo, os dois vídeos sobre o assunto que, ao final, foram transformados em guerra entre emissoras de TV:
O da TV Globo:
O da TV Record:
2 comentários:
Pois é, a defesa da Record é o ataque. Tipico dos políticos desonestos, que quando alguém o desmascara procura logo desqualificar o delator, para que o que ele disse 'passe' a ser mentira.
E o pior é os seguidores crerem que é uma perseguição religiosa. Se conseguissem enxergar mais de um palmo a frente, faria muita diferença.
A intenção deles é esta, Carlos. Levar o foco para a perseguição religiosa e guerra de audiência. Assim, esquece-se o assunto principal. O pior é que os crentes acreditam e ainda continuam fiéis aos seus líderes. Fazer o quê?
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