Na coleção encontrada, o documento mais importante é o "Evangelho de Tomé" (sim, quele mesmo que só credita no que pode ver ou tocar), segundo qual Jesus Cristo seria apenas mais um judeu sábio (era moda a existência de "sábios" judeus), de espírito revolucionário, mas apenas um ser humano um pouco incomum, não divino, não milagreiro, não imortal. Naquele evangelho não há qualquer referência à condenação e crucificação de Jesus e, conseqüentemente, à sua ressurreição, três dias após a sua suposta morte. Também não é citado nenhum milagre, o batismo, João Batista, a "via crucis" ou nada parecido.
Ora, um Jesus humano, sem a grandiosidade e a mística que lhe é atribuída nos 4 evangelhos sinóticos? Aceitá-lo apenas como um subversivo revolucionário que fracassou nos seus intentos? É claro que a Igreja não poderia aceitar e, por isso, mandou que os monges do mosteiro que analisavam os documentos queimassem todos os evangelhos que contrariassem a versão dos sinóticos. A sorte é que alguns, cerca de uma dúzia deles, ao invés de serem queimados, foram escondidos em pote e enterrados.
Parece que é mesmo a arqueologia quem irá revelar a verdade sobre Cristo. Mas uma coisa é certa: "O Cristo dos Evangelhos jamais existiu" e esta inferência, ao que tudo indica, ninguém mais pode mudar.
Acesse o vídeo em: http://mais.uol.com.br/view/8649378
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